"Um personagem fascinanteA partir de um episódio pessoal, da prisão por motivos políticos em 1968, durante a ditadura militar, o autor, sobrinho-bisneto do Senador José Gomes Pinheiro Machado, descobre em toda a sua dimensão a figura do “Condestável da República”, como era chamado o Senador, no começo do século XX. “Condestável”, no século XIV, era o posto militar de maior graduação no exército de Portugal, abaixo apenas da suprema chefia do rei. O título, “outorgado” com uma ponta de ironia pelos inimigos que o invejavam, de certa forma, era verdadeiro: nenhum político brasileiro, em qualquer tempo, teve mais força política e mais influência do que o Senador Pinheiro Machado.Sua lenda se construiu em combate: adolescente, fugiu de casa para lutar na Guerra do Paraguai; ainda jovem, batalhou pela República; tornou-se General comandando a lendária Divisão do Norte na Revolução Federalista; conheceu o país no lombo do cavalo, como tropeiro, descobrindo o Brasil profundo; contra sua vontade, foi eleito Senador. No Senado, tornou-se a figura mais importante e entregou sua vida à luta para consolidar a jovem república brasileira. Duelou com seus inimigos políticos, combateu nas coxilhas do pampa e acabou assassinado. Até hoje se discute quem pagou o desempregado que o apunhalou pelas costas. Num misto de romance e reportagem, o autor traça com maestria o perfil deste personagem fascinante que marcou época na história do nosso país." "1) Um dos raros livros em catálogo a abordar a vida e o legado da figura política mais importante do início do século XX no Brasil, o Senador José Gomes Pinheiro Machado (1851-1915). 2) Nenhum político brasileiro, em qualquer tempo, teve mais força política e mais influência do que o Senador Pinheiro Machado. Nascido no Rio Grande do Sul, o Senador arriscou a vida ainda adolescente como Voluntário da Pátria na Guerra do Paraguai e, jovem general, liderou a legendária Brigada do Norte nos combates na Revolução Federalista de 1893. Foi alçado Senador pelo Partido Republicano a partir da articulação do governador do Rio Grande do Sul Júlio de Castilhos e desempenhou o papel de grande articulador da integração política nacional. 3) No Senado, tornou-se a figura mais importante e entregou sua vida à luta para consolidar a jovem república brasileira. No Rio de Janeiro, participou da cena política ao lado dos principais personagens do final do século XIX e início do século XX: os futuros presidentes Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, o jurista Rui Barbosa, o jornalista e político Quintino Bocaiúva, Júlio de Castilhos, Borges de Medeiros, ambos governadores do Rio Grande do Sul, o estadista Assis Brasil, entre outros. 4) O autor, José Antonio Pinheiro Machado, sobrinho-bisneto do Senador, é um renomado jornalista, escritor, apresentador de TV e advogado. E é a partir de uma experiência própria da grande influência do político - passado mais de meio século da sua morte - que começou a conceber este livro: em pleno ano de 1968, o autor, preso em plena ditadura numa carceragem em São Paulo, é chamado para um dos temidos interrogatórios. Qual não foi sua surpresa quando o interrogador lhe perguntou qual era seu parentesco com o Senador Pinheiro Machado. E foi provavelmente esse parentesco que acelerou sua soltura e, quem sabe, até lhe salvou a vida. 5) O assassinato do Senador, referenciado no título desta biografia, foi o primeiro crime político de grande repercussão na República brasileira. O polêmico assassinato de Pinheiro com uma punhalada pelas costas é amplamente discutido no livro e relatado como uma crônica policial. O autor do crime, Francisco Manso de Paiva Coimbra, desertor do exército, ex-cabo de polícia, e, na época, padeiro desempregado, foi punido com trinta anos de prisão, mas nunca foi comprovado quem foi o mandante do crime. No livro, baseado na crônica da época e nos depoimentos do assassino, o autor coloca como suspeito principal e grande influenciador do tresloucado ato o ex-presidente Nilo Peçanha, adversário político do Senador. 6) A biografia é como um todo muito atual por levantar questões há muito esquecidas no campo político, como honradez e boas práticas no governo. A conduta do Senador, sempre correta e ilibada, pautada pela honra e pela ética, é amplamente destacada pelo autor, em contraponto ao atual descrédito do meio político. E, por último, não há como não fazer um paralelo com os fatos ocorridos na campanha presidencial de 2018. 7) O autor faz também um rico retrato do Brasil da virada do século XIX para o XX, especialmente do Rio de Janeiro, evocando costumes, meios de transporte, edificações que já não existem mais, fazendo um painel da vida naquela época. 8) Fotos raras do Senador, de sua família, de sua vida no campo e em batalha ilustram os capítulos do livro. 9) O livro é um prato cheio para amantes de História, política e biografias, descrevendo um personagem que, apesar da sua enorme importância histórica, não tem uma bibliografia compatível com o lugar que ocupa na História da consolidação da república brasileira. 10) José Antonio Pinheiro Machado é autor de vários livros de ficção e não ficção e trabalhou nas principais redações do país e atualmente tem no SBT-RS um programa de gastronomia aos sábados, às 13h, além de um comentário todas as sextas, às 19h20. Como “Anonymus Gourmet”, personagem que ele representa na TV, é autor de diversos livros de receitas publicados com muito sucesso pela L&PM. 11) O autor irá autografar a obra na Feira do Livro de Porto Alegre, um dos maiores eventos culturais do país, no dia 7/11, quarta-feira, às 18h30. Também será o entrevistado do evento da Associação Riograndense de Imprensa no dia 8/11, no Santander Cultural, na mesma Feira. A primeira matéria a ser publicada sobre o lançamento do título pode ser lida aqui: https://www.jornalja.com.br/senador-morto-a-facada-e-tema-do-novo-livro-de-pinheiro-machado/. 12) Na Feira do Livro, o autor também estará em evidência por conta do seu outro lançamento, 222 receitas, que também será autografado nesse dia."
Sobre os autores(as)
Pinheiro Machado, Ivan
Capa: Ivan Pinheiro Machado sobre a pintura “Retrato de Dante” (1495), Sandro Boticelli 47 x 57 cm, têmpera sobre madeira. Coleção particular, Genebra, Suiça. |
Pinheiro Machado, José Antonio
"José Antônio Pinheiro Machado (Porto Alegre, 23 de novembro de 1949) é um jornalista, advogado, escritor e apresentador de televisão.Ganhou notoriedade como apresentador do programa Anonymus Gourmet, que era exibido diariamente pela TV COM e pelo Canal Rural e aos sábados de manhã na RBS TV, afiliada à Rede Globo. Além de apresentador do programa de culinária na RBS TV, assinava uma coluna semanal no caderno de Gastronomia do jornal Zero Hora desde 1999. Mudou de emissora em 2015. Foi contratado pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) do Rio Grande do Sul. Apresenta o mesmo programa Anonymus Gourmet, também aos sábados.Na literatura1978 - Opinião x censura (estréia com um livro-reportagem sobre a luta e a morte do jornal Opinião).1982 - O brasileiro que ganhou o prêmio Nobel - uma aventura de Anonymus Gourmet (novela que marca o surgimento do personagem Anonymus Gourmet)1984 - Recuerdos do futuro (novela)1987 - Meio século de Correio do Povo (livro-reportagem com entrevista do jornalista Breno Caldas)1992 - Enciclopédia das mulheres (contos)1994 - Copos de cristal (crônicas)1995 - Receitas escolhidas do Anonymus Gourmet1998 - Anonymus Gourmet receitas e comentários2000 - 233 receitas do Anonymus Gourmet2001 - Novas receitas do Anonymus Gourmet2002 - Mais receitas do Anonymus Gourmet; Histórias de cama e mesa (crônicas e ensaios); Comer bem sem culpa (com Iotti e Dr Lucchese)2003 - Cozinha sem segredos; A boa mesa com sotaque italiano (com Iotti)2004 - 200 receitas do Anonymus Gourmet; Na mesa ninguém envelhece (Prêmio Açorianos, crônicas)2005 - Voltaremos!; Dieta mediterrânea (com Dr. Lucchese)2011 - Memórias do Anonymus Gourmet No jornalismo - Assina coluna semanal no caderno de Gastronomia da Zera Hora, desde 1999.- Apresentador do programa RBS Entrevista, na RBS-TV, de 1995 a 2000.- Redator chefe da revista Playboy, em São Paulo, 1986.- Editor da revista Oitenta, da L&PM (1979-1982)- Colunista da Gazeta Mercantil (1983-1985) e da Playboy (1985 a 1990).- Atividades profissionais nas seguintes publicações: Folha da Tarde (RS), Folha da Manhã (RS), Pato Macho, Correio do Povo, Zero Hora, Opinião, Coojornal, Veja, Placar, Quatro Rodas, Jornal da Tarde, O Estado de S. Paulo, Amanhã (1968-1984)." |