Sumário/ideiasPrefácio – Deus psicoterapeuta ou o apego a Deus, 9 Este livro pretende esclarecer o que, na alma humana, tece o apego a Deus.1 Da angústia ao êxtase, divina consolação, 11 A emoção religiosa.2 Biologia da alma, 18 Êxtase químico e êxtase sentimental.3 Erotismo da morte iminente, 24 Quando a beleza é mortífera.4 As almas transtornadas, uma neurologia, 29 A estimulação cerebral cria afetos transcendentes e a transcendência modifica a estimulação cerebral.5 A criança tem acesso a Deus porque Ele fala e ama os que lhe falam, 34 A palavra tem uma função afetiva que tece o vínculo entre os que falam com Deus.6 O luto e a ativação do apego, 40 O risco de perder a ativa necessidade de amar.7 A necessidade de Deus e a perda, 45 Os objetos, os ritos e as palavras preenchem o vazio e impedem o desespero.8 A teoria do espírito: ler na alma dos outros, 52 Ler na alma dos outros é uma aptidão que se constrói na relação.9 Como seria o mundo se não tivéssemos palavras para vê-lo, 59 As palavras esclarecem uma parte do mundo e agem sobre o corpo.610 Quando o mundo muda de gosto, 64 Uma narrativa religiosa transforma o amargor em amor ou em ódio.11 Fé, imagem parental e segurança, 69 Sob o olhar de Deus, imagem paternal asseguradora.12 O despertar da fé com a idade, 75 O adulto pensava tê-la esquecido. Ela volta para o idoso.13 O apego ao deus punitivo, 83 Amamos aquele que nos pune para o nosso bem.14 Quando a interdição é uma estrutura afetiva, a punição é asseguradora, 87 É assegurador ser enquadrado, respeitar os limites.15 O enunciado da lei circunscreve o cérebro, os tabus alimentares solidarizam o grupo, 92 Quando a pessoa se sente moral o circuito límbico das emoções se acalma.16 Encontramos Deus como aprendemos a amar, 99 Os hábitos afetivos se impregnam na memória biológica.17 Valor moral do sofrimento e da culpa, 105 A dor física é suportável no universo do erro.18 A elaboração mental modifica o cérebro, 110 O esforço intelectual treina o funcionamento cerebral e o fortalece.19 Incertezas culturais e extremismo religioso, 113 É na névoa cultural que aparecem os gurus.20 A espiritualidade não cai do céu, 122 Ela tem raízes no corpo e na cultura.21 Deus morreu, viva Deus, 127 Os sem-deus têm crenças transcendentes.22 Viver e amar num mundo sem Deus, 138 A transcendência laica aceita a crítica.23 Amor revolucionário e apego conservador, 147 O amor tira do grupo, ao passo que o apego integra as tradições.724 Mundialização e busca de Deus, 152 A superpopulação desestrutura o grupo que se assegura reencontrando Deus.25 Religião, amor e ódio de música, 157 A música sincroniza as emoções para o melhor e o pior.26 Crenças e falsas crenças, 165 Atribuir ao outro um erro de julgamento.27 O sexo e os deuses, 176 Função sagrada e social da sexualidade.28 Na aurora da espiritualidade, 194 No decorrer da humanização.29 As migrações de Deus, 199 Todo homem emigra melhor quando é protegido por Deus.30 Diluição de Deus no Ocidente, 206 Quando o Estado-babá protege no lugar de Deus.31 Desfecho, 209 Algumas respostas temporárias.Conclusão – O caminho de Deus, 217 Algumas receitas para chegar a Deus.Epílogo, 225Deus sofre quando o mal existe. Ele nos ajuda quando precisamos dele. Mas, quando queremos impor nossa crença aos que amam um outro Deus, nossa moral torna-se perversa e faz todo o mundo sofrer. Eis o que eu deveria ter respondido às crianças-soldado que, depois do horror, só se sentiam bem na igreja.Hoje no planeta 7 bilhões de seres humanos entram várias vezes por dia em relação com um Deus que os ajuda. São movidos pelo desejo de oferecer a Deus e aos outros seres humanos seu tempo, seus bens, seu trabalho e às vezes seu corpo, para sentir a felicidade de dar felicidade. Meditar, encontrar seu caminho de vida pessoal, experimentar a alegria de sentir-se vivo entre os que amamos – a espiritualidade estende a fraternidade a todas as pessoas que têm fé. A psicoterapia de Deus ajuda-nos a enfrentar os sofrimentos da existência e a aproveitar melhor a simples felicidade de ser. Certamente há uma explicação psicológica para essa graça. Este livro é o resultado dessa procura.
Sobre os autores(as)
Stahel, Monica
Monica Stahel nasceu em São Paulo, em 1945. Formada em Ciências Sociais pela USP, em 1968. Na década de 70, ingressou na área editorial, exercendo várias funções ligadas à edição e produção de livros. Durante doze anos, trabalhou na Editora MartinsFontes tendo como tarefa principal a avaliação de traduções e a edição de textos. Paralelamente, desenvolveu seu trabalho de tradutora, hoje sua atividade principal. Por seu trabalho de tradução de livros infantis e juvenis, seu nome foi incluído, por indicação da FNLIJ, na lista de honra do ano 2000 da YBBY - International Board on Books for Young People. Entre as obras que escreveu, sempre para o público infantojuvenil, estão Um saci no meu quintal, Tem uma história nas cartas da Marisa, O leão que rugia flores. |
Cyrulnik, Boris
Boris Cyrulnik cursou Faculdade de Medicina, formando-se médico neuropsiquiatra e psicanalista. Passou partede sua infância nos campos de concentração na Alemanha de Adolf Hitler no período de guerra. Foi o único sobrevivente, depois de perder os pais, irmãos e amigos. Após a guerra, ele vagou por abrigos e acabou indo morar em uma fazenda de beneficências, e foi analfabeto até a adolescência, restando-lhe apenas a vida, a esperança e a resiliência.Felizmente, alguns vizinhos desse novo ciclo de vida lhe proporcionaram o princípio do amor, do sentido de vida e da literatura, que lhe tornou capaz de educar-se e crescer superando seu passado. Apesar da adversidade, conseguiu estudar, ingressar na universidade e e construir uma vida que é digna de exemplo. Boris ainda está proporcionando muito conhecimento sobre resiliência e hoje é considerado o mais importante estudioso do tema. |